Parmênides- (+ ou - 544-450 a.C)

    Filósofo da escola eleática, da região de   Eléia, hoje Vília, Itália. Foi discípulo de Amínisas. Conheceu a filosofia de sua  época. Escreveu um poema, cujo preâmbulo tem duas partes, a primeira trata  da verdade, a segunda da opinião. Suas conclusões são contrárias as de  Heráclito, seu contemporêneo. Na primeira parte do poema proclama a razão     absoluta, que é o discurso de uma deusa. Para se chegar à verdade não  podemos confiar nos dados empíricos, temos de recorrer à razão. Desta forma  nada pode mudar, só existe o ser, imutável, terno e único, em oposição ao  não ser. Teve como discípulo Zenão, também de Eléia.

     Segundo Nietzsche, foi em um estado de espírito que Parmênides encontrou a     teoria do ser, considerando o vir a ser. Pensou : algo que não é pode vir a ser?   Não. - Temos de ignorar os sentido e examinar as coisas com a força do     pensamento. O que está fora do ser não é o ser, é nada, o ser é um.

    Ao colocar como imperativo categórico o ser, e com ele a verdadeque se chega na razão, Parmênides inaugura uma manifestação humana de consequências funestas. A refutação dos dados empíricos, em favor do que  pode ser comprovado com a razão age sobre o resultado final dos mesmos. Assim, com o possível de ser explicado em primeiro plano, deixamos de lado um aspecto da percepção: a mudança, pois mudar é deixar de ser. O devir,  nesses parâmetros é uma ilusão, ofluxo da natureza também e o que é confiável é aquilo que é assimilado e compreendido. Põe se barreiras na     percepção pura, que provêm da mente aberta, para usar um termo de Aldous  Huxley.

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