Ficou conhecido como Erasmo de Rotterdam. Seu nome era Desidério Erasmo e ele foi um pregador do evangelismo filosófico. Nasceu na cidade de Rotterdam, na Holanda. Em 1488 ingressou na ordem dos agostinianos e virou padre, depois aceitou o cargo de secretário do bispo de Combai, na França. Em Paris estuda teologia. Escreve Colóquios e Antibárbaros, que é considerada uma obra escolástica, crítica da exaltação dos valores da Antiguidade clássica.
Viaja pela primeira vez para a Inglaterra em 1499,
onde toma contato com o movimento humanista e conhece aquele que seria
seu amigo Thomas More. Traduz o Novo Testamento. Mantém vasta correspondência.
Denuncia a vida na igreja como distante da fé. Fala que os cristãos
devem seguir os ensinamento simples de Cristo, sendo que a estrutura da
igreja e da vida monástica haviam se tornado distantes do
amor de Deus, de Sua benevolência e da prática evangélica
que Erasmo defende na Filosofia Christi. Os homens renascentistas
se dedicaram-se à várias atividades.
Eles começaram a contar a nova realidade.
Cervantes, no célebre livro Dom Quixote de la Mancha conta-nos
a história de um louco, apegado à valores que já
não existiam como a dignidade, decência e nobreza de caráter
do cavaleiro medieval.
Erasmo de Rotterdam escreve um livro, Elogio da Loucura,(dedicado a Thomas More) onde apresenta a loucura como uma deusa que conduz as ações humanas. Identifica a loucura em costumes e atos como o casamento e a guerra. Diz que é ela que forma as cidades, mantém os governos, a religião e a justiça. Ele critica muitas atividades humanas, identificando nelas medicridade e hipocrisia.
Vejamos o que ele diz sobre:
a) a Loucura- a Loucura fala em primeira pessoa no livro, e ela defende sua imagem e ponto de vista.
b) as crianças- a alegria da infância a torna a idade mais agradável, porque a natureza dá às crianças um ar de loucura.
c) o casamento- se as mulheres
pensassem sobre o assunto veriam que não é vantajoso.
Dores no parto, filhos, dever conjugal. Só a loucura para fazerem
agir dessa maneira, assim a Loucura é a origem da vida. A
única preocupação das
mulheres é se tornar mais agradável para os homens. É
essa a razão de tantos perfumes, banhos e enfeites. Só
a loucura constitui o ascendente das mulheres sobre os homens.
d) os filósofos- gabam-se
de serem os únicos sábios, mas se tirar-mos o véu
de orgulho e presunção veremos que não passam
de ridículos loucos. A natureza parece zombar de suas conjeturas,
e é risível sua teoria de infinidade dos mundos. Falam
de astronomia como se conhecessem os astros palmo a palmo. Na verdade,
eles não tem nenhuma idéia segura.
Mas a crítica maior de Erasmo é para a Igreja. Ele era cristão, mas era contra a hierarquia dessa instituição (Igreja), que declara guerras, faz cerimônias e rituais em demasia, e discutem eternamente o mistério divino, seno que o mandamento de Cristo é apenas a prática da caridade.
Defende um retorno à simplicidade do início da Igreja. Lutero estava juntando adeptos em suas pregações e convidou Erasmo, mas este permaneceu na Igreja católica, apontando defeitos. Mais tarde polemizou contra Lutero a favor do livre-arbítrio, que o protestante não acreditava. Erasmo é considerado o principal pensador do humanismo. Critica os teólogos, pois esse condenam, por poucos motivos, muitas pessoas como hereges. Os bispos vivem alegremente, entregam-se à diversão material e esquecem que o seu nome significa zelo e solicitude pela redenção da alma, mas não esquecem das honrarias e o dinheiro.
Os monges, para Erasmo, não fazem nada, mas não dispensam o vinho e a mulheres. O papa não tem a salvação que Cristo fala, pois se tivessem abririam mão de seu patrimônio e dos impostos. Erasmo critica o imposto quie a igreja cobra para não condenar as almas após a morte. E os papas aprovam a guerra, que é cruel e desumana.
Para Erasmo, milagres e supertições
como o inferno, duendes e fantasmas são coisas de ignorantes.Ele
tem opiniões também sobre política. No livro A instiuição
do Príncipe cristão fala da teoria da soberania, o poder
do princípe é legitimado pela dedicação
ao bem comum e pela aceitação dos cidadãos. É
a favor da eleição do chefe, contrário ao monarquismo
hereditário. O objetivo de Erasmo é regenerar a Europa,
pondo o ideal evangélico contra as guerras. Para se chegar à
paz, tem que se desarmar os países, tirar dos princípes
o direito de declarar guerra e mobilizar a força nacional
em favor da paz.