Epicuro-(341 - 270 a. C)

    Filósofo grego nascido em Samos, favorável ao atomisto, doutrina desenvolvida originalmente por Leucipo e Demócrito, que o influenciou quando começou a filosofar, aos catorze anos. Sua famíliam era nobre, mas ficou
pobre. Seu pai foi um dos colonos que foram de Atenas para Samos. Quando criança acompanhava a mãe no trabalho em casas de pobres, e assim conheceu as crenças populares. Não sofreu muita influência dos filósofos que o precederam, pois não se dispôs a estudá-los.

    Em 325 a. C vai para Atenas onde comprou um jardim estabeleceu sua escola. Os epicuristas, alunos desta escola filosófica podiam ser homens ou mulheres, eram unidos entre si e com os professores. Atenas atravessava uma época difícil, mas ele lá permaneceu. Existe um busto que nos dá a descrição de Epicuro: a cabeça é forte, o nariz acentuado, os lábios espessos, a expressão calma e benevolente. Tinha muito discípulos e amigos. O ponto básico de sua doutrina é que o bem é o prazer, e acusam os epicuristas de terem se entregue aos excessos dos festins, mas Epicuro comia muito pouco nas suas refeições diárias.

    Os atenienses eram atraídos pelo programa da sua escola : "aqui vocês encontrarão-se bem, aqui reside o prazer. Os epicuristas tinham os estóicos comoadversários. Epicuro foi um dos grandes escritores da Antiguidade, compôs mais de trezentos tratados. Não era muito científico, e suas conclusões são passíveis de críticas. Escreveu um tratado, Da natureza, em trinta e sete livros, no qual delineia a teoria atomística, os átomos são a explicação final das coisas, pontos últimos de deslocando no vazio, nada existe a não ser isso, a alma é formada de átomos materiais, tudo acontece devido a interação mecanica entre eles.

    O universo é corpo e espaço. Deve-se argumentar com aquilo que não é evidente aos sentidos. Sempre existiu alguma coisa e os átomos tem variadas formas . Enquanto o prazer é o soberano bem, a dor é o soberano mal. É uma moral hedonista, e tem que se eliminar toda a dor. A ataraxia (que é um estado da alma em que nada consegue perturbá-la, ela fica impassível. Chega-se a ela atendendo os desejos naturais e ignorando os desejos supérfluos, o sábio feliz contenta-se com o estritamente necessário) é o prazer estável que garante a felicidade. Devemos filosofar em atos.
Todo o incômodo desejo se dissolve no amor a filosofia. E o sábio não tema a morte, pois quando se vive ela não existem não a sentimos e quando chega a morte, se deixa de ser.

Para Epicuro, o essencial para a felicidade é a nossa condição íntima. O desejo precisa ser controlado, para que a serenidade nos ajude a suportar a dor. A vida se torna agradável com o sábio raciocínio, que investiga a causa. A justiça não existe em si. Outra coisa interessante é o seu conselho para vivermos em reclusão, ignorados.

Por ser um defensor do prazer, quiseram fazer de Epicuro e os Epicuristas defensores da volúpia, mas o próprio fala contra isso, o prazer não é sensual.  Karl Marx escreveu uma tese sobre Demócrito e Epicuro. Nietzsche em alguns
trechos comenta o epicurismo e o estoicismo, especialmente na Gaia Ciência.

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