Natural de Agrigento na Sicília. A democracia estava em fase de implantação e ele a defendeu. Virou figura lendária, um misto de cientista, de místico, de pitagórico e órfico. Escreveu dois poemas. No primeiro apresenta uma única visão do processo cosmônico, e o segundo é religioso. Refutou as teses que atribuem a origem do universo a um único elemento.
Identificou quatro substâncias básicas, que ele chamou de raízes: a água, a terra, o fogo e o ar. Tudo consiste desses quatro elementos, e as transformações que advêm a eles seriam visíveis a olho nú. Essas substâncias são eternas, imutáveis. Jostein Gaardner afirma que talvez Empedócles tenha visto uma madeira queimar, alguma coisa aí se desintegra. Alguma coisa na madeira estala, ferve, é a água, a fumaça é o ar, o responsável é o fogo, e as cinzas são a terra.
As verdades não seriam mais absolutas, como nos eleatas, mas proporcionais à medida humana. As coisas são imóveis, mas o que percebemos com os sentidos não é falso. Duas forças atuariam nas substância, o amor e o ódio. O amor agiria como força de atração e união, o ódio como força de dissolução. Em quatro fases, existe a alternância do amor e do ódio. Estabelece um ciclo, com a tensão da convivência dessas forças motrizes.
Empédocles dizia que alguns animais vêem melhor de dia do que a noite, e vice versa. O pensamento se produz com a sensação. Admitiu a multiplicidade de itens de uma criação, como um pintor que mistura diferentes pigmentos em sua obra. Fala muito da deusa do amor Afrodite, portadora da vida e da beleza. Em sua filosofia todos os animais tem pensamentos. A inteligência cresce de acordo com os dados sensoriais do tempo presente.
Hegel afirma que para Empédocles, outros elementos que não os quatro básicos, não são em si e para si. Não poderíamos visualisar o mundo sem os quatro elementos básicos.
Nietzsche traça um perfil de Empédocles: cabelos longos, sandálias de couro nos pés e uma coroa na cabeça. Com vestido cor de púrpura. É um filósofo trágico, pessimista, ativo. Queria provar que era um deus, atribuia-se qualidades místicas. Todos os movimentos, segundo ele nasceram de uma natureza não mecânica, mas levam a um resultado mecânico.
Conta a lenda que atirou-se no vulcão Etna para provar que era um deus.