Empédocles- (+ ou - 490- 435 a.C)

    Natural de Agrigento na Sicília. A  democracia estava em fase de implantação e ele a defendeu. Virou figura  lendária, um misto de cientista, de místico, de pitagórico e órfico. Escreveu  dois poemas. No primeiro apresenta uma única visão do processo cosmônico,  e o segundo é religioso. Refutou as teses que atribuem a origem do universo a  um único elemento.

    Identificou quatro substâncias básicas, que ele chamou de  raízes: a água, a terra, o fogo e o ar. Tudo consiste desses quatro elementos, e  as transformações que advêm a eles seriam visíveis a olho nú. Essas  substâncias são eternas, imutáveis. Jostein Gaardner afirma que talvez  Empedócles tenha visto uma madeira queimar, alguma coisa aí se desintegra.  Alguma coisa na madeira estala, ferve, é a água, a fumaça é o ar, o  responsável é o fogo, e as cinzas são a terra.

    As verdades não seriam mais  absolutas, como nos eleatas, mas proporcionais à medida humana. As coisas  são imóveis, mas o que percebemos com os sentidos não é falso. Duas forças  atuariam nas substância, o amor e o ódio. O amor agiria como força de  atração e união, o ódio como força de dissolução. Em quatro fases, existe a  alternância do amor e do ódio. Estabelece um ciclo, com a tensão da  convivência dessas forças motrizes.

     Empédocles dizia que alguns animais vêem melhor de dia do que a noite, e  vice versa. O pensamento se produz com a sensação.    Admitiu a multiplicidade de itens de uma criação, como um pintor que mistura  diferentes pigmentos em sua obra. Fala muito da deusa do amor Afrodite,  portadora da vida e da beleza. Em sua filosofia todos os animais tem  pensamentos. A inteligência cresce de acordo com os dados sensoriais do  tempo presente.

     Hegel afirma que para Empédocles, outros elementos que não os quatro  básicos, não são em si e para si. Não poderíamos visualisar o mundo sem os  quatro elementos básicos.

     Nietzsche traça um perfil de Empédocles: cabelos longos, sandálias de couro  nos pés e uma coroa na cabeça. Com vestido cor de púrpura. É um filósofo  trágico, pessimista, ativo. Queria provar que era um deus, atribuia-se  qualidades místicas. Todos os movimentos, segundo ele nasceram de uma  natureza não mecânica, mas levam a um resultado mecânico.

     Conta a lenda que atirou-se no vulcão Etna para provar que era um deus.

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