Nasceu em Abdera (Trácia). Foi discípulo e sucessor de Leucipo, desenvolveu sus teoria atomista e participou da escola iniciada por seu mestre em sua terra natal. De sua vida sabem-se poucas coisas seguras, mas fala-se que viajou muito, recebeu homenagens de seus concidadãos. É famosa a tradição que lhe atribue um riso constante, presente para qualquer coisa. É um dos primeiros materialistas. Teria deixado cerca de noventa obras.
Para resolver o impasse surgido nas teorias de Heráclito e Parmênides, desenvolve a teoria de que tudo seria composto por partículas minúsculas indivisíveis e invisíveis a olho nú, incusive a alma. Os átomos da alma se desintegrariam no momento da morte. Portanto, não acredita na imortalidade da alma, embora gostasse de Pitágoras. Trabalhou muito, dizia que os trabalhos feitos de bom grado fazem mais leves as cargas dos impostos à contragosto. Na sua filosofia, o trabalho continuado torna-se mais leve por causa do átomo. Um trabalho bem feito e terminado dá mais satisfsção que o descanso, e um trabalho em que não há retorno causa muito desprazer.
O homem sensato dosa a averaza com o gasto,
e suporta com brandura a pobreza. Quanto à forma, a emanação
é igual às coisas. Os átomos são
indivisíveis, pois se fossem divíveis em partículas
ainda menores. a natureza acabaria por se diluir. E como nada
pode surgir do nada, são eternos.
O movimento existe, pois o pensamento é movimento, e também os átomos se movem. Quando os átomos estão em equilíbrio são tão numerosos que não podem mais se mover, o mais leve são repelidos para o vazio exterior (portanto, o vazio existe) e os outros permanecem juntos, formando um conglomerado. Cada um desses conglomerados que se separam das massas dos corpos é um mundo, e existem infinitos mundos. Esta é uma visão nietzscheniana da teoria de Demócrito.
A essência da alma está na sua
natureza animadora, de movimento. A alma é feita de átomos
sutis , que se
movem, lisos e arredondados. O fogo faz parte da essência do
homem. Se a respiração cessa, o fogo interior
escapa, e ocorre a morte. O homem é infeliz porque não
conhece a natureza. Temos de nos contentar com o mundo tal
como ele é. Os átomos constituem a explicação
última da natureza.Foi o mais lógico dos pré
socráticos. Nietzsche o considera um poeta, Aristóles admira
sua universalidade. Sua doutrina seguiu adiante, e temos outros atomistas,
como Epicuro.