Francis Bacon- (1561-1626)
Nasceu no dia 22 de janeiro na York House, Londres, na casa de seu pai, Nicholas Bacon. Nicholas ocupu um cargo de importância no reinado de Elizabeth I. Bacon também participou ativamente da política. A mãe de Bacon foi Anne Cooke, também fazia parte da elite inglesa. Era uma melher com cultura, que deu base cultural e teológica, para Bacon, estimulando nele o zelo, a dedicação e a severidade.
Na Ingleterra havia acontecido a implantação do anglicanismo, religião oficial imposta por Henrique VIII. Essa reforma religiosa acarretou transformações políticas e sociais e assim surgiu uma pequena nobreza, a qual Bacon estava ligado. A Inglaterra estava próspera naqueles dias, pois tinham uma poderosa marinha militar e mercante que derrotara os espanhóis. Os piratas ingleses,apoiados pela rainha, saqueavam e navegavam pelo globo. Os Estados Unidos eram da Inglaterra.
Bacon foi para o Trinity College com doze anos e ficou três anos. Foi aí que estudou filosofia, adquirindo antipatia e hostilidade pela filosofia precedente. Não identificava nela fins práticos e achou muitos erros. Critica Aristóteles. Apesar de ter formação escolástica, essa também não lhe agradou. Ele tinha idéias de transformar a filosofia em uma coisa fértil, iluminada e a favor do bem do homem. O homem já havia sofrido demais em nome dos dogmas religiosos.
A importância da salvação
espiritual e de Deus na formação da população
haviam dominado os atos humanos por toda a Idade Média. Esse rigor
havia sido criticado durante o Renascimento e Bacon o achava improdutivo.
Era preciso uma filosofia a favor do avanço das ciências.
Bacon era um entusiasta das novas invenções, como a bússola,
a arma de pólvora e a imprensa.
Em 1577 seu pai o mandou para a França, para
trabalhar junto ao embaixador inglês na França, e assim
Bacon iniciou a carreira diplomática. Na França, ficou
sem os recursos paternos, o que o obrigou a arranjar sozinho os meios de
sobrevivência. Quando tinha dezoito anos seu pai morreu. E Ele era
um jovem acostumado aos luxos. Em 1583 foi eleito para o parlamento.
Era um bom orador, que fazia com que os ouvintes ficassem presos
às suas considerações. Em 1595 seu amigo
conde d'Essex deu de presente para ele uma propriedade nas margens dos
rios rio Tâmisa. Lá dedicou-se ao trabalho intelectual e redigiu
os Ensaios. É um clássico, tem um estilo renascentista
sagaz e poderoso, como é comum em toda a obra de Bacon.
Aproxima-se do maquiavelismo. Seu amigo, Essex, armou uma conspiração para aprisionar a rainha Elizabeth, que o amara. Bacon o advetia, dizendo que estava em favor da rainha. Essex insistiu e foi preso. Bacon interviu junto à coroa. Essex temporariamente libertado invadiu Londres, incitando a população contra o trono. Foi preso e condenado por traição. Bacon, que havia se voltado contra ele irritado, teve um papel importante na acusação. Criou inimigos por causa disso. Já ocupava posição importante no governo inglês. Bacon era egoísta e tinha vontade de vencer. Subiu sucessivamente nos cargos da câmara e em 1613 chegou à presidência da câmara dos Pires. Mas nunca abandonou a filosofia. Ele dizia que sem filosofia não queria viver. No seu entusiasmo falava que a mente é o homem, e o conhecimento é a mente.
Bacon, contrariarmente aos estóicos, dizia que o corpo deve estar acostumado aos excessos e restrições. Apesar de ser acusado de ateísmo acredita em Deus, pois ele diz que a estrutura universal tem uma mente. Ele opina sobre costumes como o casamento e o celibato, e nos assuntos triviais impõe sua marca original. Ele dá mais valor à amizade do que ao amor, mas a amizade seria uma ajuda para se subir na escala do poder. Acreditava em uma nação estado ampla, moderna e centralizda numa monarquia hereditária.
Bacon tinha um projeto de um grande trabalho científico, A Grande Instauração, do qual Novo Órganon seria o prefácio. Esse Órganon trata-se de uma critíca ao Órganon de Aristóteles, de sua biologia e de seu método. Achava que as ciências estavam estacionárias. Primeiro em seu projeto escreveria a Introdução. Segundo classificaria as ciência. Existem as ciências da memória ( história ) as ciências da razão (filosofia) e ai ciências da imaginação (poesia). Em terceiro lugar descreveria seu novo método para a interpretação da natureza, que deveria estar a serviço do homem .
Assim haveria uma desmitificação do mundo. Em quarto se dedicaria à ciência natural e às investigações dos fenômenos a natureza. Quinto iria mostrar a escada do intelecto, na qual demonstraria como os escritores do passado deram as ases sobre as quais a sociedade estava apoiada. Em sexto lugar, escreveria as previsões sobre as conlusões que o seu novo método científico iria chegar. Poii não era ele que iria empregar seu método e sim os cientistas. A ciência é o caminho para a Utopia, que descreve em Nova Atlântida.
Seu projeto consiste em aperfeiçoar a
ciência, depois aperfeiçoar a order social, e por último
conferir a soberania aos homens da ciência,, Na Nova Atlântida,
o objetivo é lutar contra o sofrimento, a ignorância
e a miséria e permitir ao império humano realizar tudo quanto
lhe fosse possível. Bacon é contra o desperdício,
dá grande importância à fisiologia e medicina,
sendo que o médico deve ter o direito de praticar a eutanásia.
Ele acha que não há nada além da ciência,
as supertições são bobagens e os fenômenos
psíquicos devem ser submetidos à um exame científico.
O governo e a ciência devem estar ligados à filosofia.